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Como identificar as fases do medo infantil

O medo é uma emoção natural e saudável na infância, parte fundamental do desenvolvimento emocional das crianças. Ele pode surgir em diferentes fases, variando conforme a idade e as experiências. Em bebês, o medo geralmente está relacionado à separação dos pais ou ao contato com estranhos. Já por volta dos dois ou três anos, as crianças podem começar a sentir medo de barulhos altos e do escuro. É entre os quatro e seis anos que medos imaginários, como de monstros ou fantasmas, começam a aparecer com maior frequência.

Ariadna Santiago, supervisora pedagógica do Colégio Deoclécio Ferro, de Fortaleza, explica que “entender em que fase o medo começa a se manifestar é essencial para que os pais possam oferecer o apoio adequado e auxiliar na superação dessas inseguranças”. Conforme a criança cresce, seus medos passam a ser baseados em situações mais reais, como a perda de um ente querido, acidentes ou doenças. Esses medos mais palpáveis geralmente surgem entre os sete e dez anos.

Entender a origem do medo e a fase em que ele aparece permite que pais e educadores ajudem as crianças a enfrentá-lo de maneira saudável. O medo, quando moderado, é importante para desenvolver o discernimento, fazendo com que as crianças aprendam a lidar com situações potencialmente perigosas. No entanto, é fundamental distinguir medos normais de medos excessivos que podem evoluir para fobias. Uma fobia infantil se caracteriza por um medo extremo e irracional, que dura mais de seis meses e interfere na rotina da criança.

Para ajudar os pequenos a enfrentar esses medos, é importante criar um ambiente seguro e de apoio. Validar os sentimentos das crianças, mostrando que seu medo é compreensível, é uma das primeiras etapas. O diálogo também é uma ferramenta valiosa: conversar sobre o que as assusta pode reduzir a ansiedade. Outra abordagem eficaz é a exposição gradual. Isso envolve, por exemplo, expor a criança ao escuro de maneira progressiva, para que ela se sinta mais à vontade com o tempo.

Ademais, o uso de histórias que abordem o tema de maneira lúdica pode ajudar a desmistificar os medos. Livros que retratam personagens enfrentando situações temidas são recursos que podem inspirar a criança a lidar com seus próprios temores. Técnicas de relaxamento, como respiração profunda, também podem ser ensinadas para ajudar a criança a controlar a ansiedade em momentos de medo.

Se o medo se torna paralisante ou afeta a rotina diária da criança, é aconselhável buscar orientação de um psicólogo infantil. O tratamento, em muitos casos, envolve a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a reestruturar pensamentos e comportamentos relacionados ao medo, permitindo que a criança enfrente seus receios de forma segura e controlada.

Para saber mais sobre medo infantil, visite https://leiturinha.com.br/blog/medo-alem-do-normal/ e https://www.vittude.com/blog/medo-infantil-como-trabalhar-psicologo/

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