A discalculia é um distúrbio de aprendizagem que dificulta a compreensão de conceitos matemáticos, tornando atividades simples, como contar ou realizar cálculos básicos, desafiadoras. Diferente de uma dificuldade temporária, a discalculia é uma condição neurológica que afeta a capacidade de processar números e símbolos, e requer atenção especializada. Estima-se que de 3% a 6% das crianças em idade escolar vivenciem essa condição, que pode ser facilmente confundida com desinteresse pela matemática.
Os sintomas variam conforme a idade. Crianças pequenas podem demonstrar dificuldade em reconhecer quantidades, como associar o número “3” a três objetos. Já os adolescentes podem ter problemas com cálculos mentais, interpretação de gráficos ou conceitos mais abstratos, como velocidade e proporções. “A discalculia não deve ser vista como falta de esforço, mas como uma condição que exige compreensão e estratégias adequadas para o aprendizado”, destaca Ariadna Santiago, supervisora pedagógica do Colégio Deoclécio Ferro, de Fortaleza (CE).
Entre os sinais comuns estão a dificuldade em conectar números às suas quantidades, lembrar fatos matemáticos simples, como tabuada, e realizar operações básicas sem o uso dos dedos. Essas dificuldades podem impactar diretamente o desempenho acadêmico e a autoestima da criança, especialmente se não forem reconhecidas e tratadas.
O diagnóstico da discalculia é realizado por psicólogos ou neuropsicólogos, que utilizam testes específicos para identificar déficits relacionados à habilidade matemática. Essa avaliação é essencial para diferenciar a discalculia de outros desafios de aprendizagem ou até mesmo de problemas emocionais que podem afetar o desempenho escolar.
Embora não haja cura para a discalculia, intervenções precoces podem fazer uma grande diferença. Estratégias como o uso de recursos visuais, jogos educativos e adaptações em sala de aula, como prazos estendidos para tarefas e provas, podem facilitar o aprendizado. Além disso, criar um ambiente acolhedor, onde a criança se sinta encorajada a explorar suas habilidades, é fundamental.
As causas da discalculia ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que fatores genéticos e alterações no desenvolvimento cerebral estejam envolvidos. Essas alterações podem dificultar a representação mental de números, comprometendo o processamento matemático.
Para pais e educadores, a chave está em observar os sinais e buscar ajuda especializada assim que identificar dificuldades persistentes. A falta de intervenção pode levar a frustrações e baixa autoestima, comprometendo tanto o desempenho escolar quanto habilidades práticas, como gerenciar dinheiro ou calcular distâncias. “Com suporte adequado, é possível transformar desafios em oportunidades de aprendizado e superação”, reforça Ariadna.
Para saber mais sobre discalculia, visite https://institutoneurosaber.com.br/artigos/discalculia-quando-a-dificuldade-com-a-matematica-e-um-disturbio-de-aprendizagem/ e https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/criancas/discalculia-em-criancas-o-que-e-como-identificar-e-tratar,29b36ac951352311a7200862b613bdabnjifb1at.html#google_vignette
Rua Minervino de Castro, 987 - Parque Araxá, Fortaleza - CE, 60430-620
Ver no mapa