A hiperatividade infantil é uma condição neurológica que se manifesta em comportamentos como agitação constante, dificuldade de concentração e impulsividade. Crianças hiperativas têm muita energia, o que pode ser observado em comportamentos como mexer nas mãos e pés, correr sem parar e dificuldade para permanecer sentadas. Além disso, essas crianças falam excessivamente, interrompem frequentemente as conversas e têm dificuldade em seguir regras e ordens, o que pode ser confundido com indisciplina.
Uma característica comum entre crianças hiperativas é a dificuldade em se concentrar em uma única tarefa por um longo período. Elas podem começar a fazer uma atividade, mas logo se distraem com outra coisa, o que pode prejudicar o desempenho escolar. Além disso, essas crianças tendem a ser impulsivas, agindo sem pensar nas consequências, o que pode causar problemas de interação social. “É fundamental que os pais e educadores entendam que a hiperatividade não é uma escolha da criança, mas uma condição que requer suporte e estratégias adequadas”, observa Ariadna Santiago, supervisora pedagógica do Colégio Deoclécio Ferro, de Fortaleza (CE).
Outro aspecto importante da hiperatividade é a dificuldade para dormir. A agitação constante pode dificultar o momento de relaxar e adormecer, o que leva a noites mal dormidas e a um cansaço excessivo durante o dia. Esse ciclo de sono inadequado pode exacerbar os sintomas de hiperatividade, tornando a criança ainda mais agitada e impulsiva.
A hiperatividade muitas vezes está associada ao Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), mas nem toda criança hiperativa tem TDAH. Diferenciar entre comportamentos típicos de crianças ativas e a hiperatividade real é crucial. Para isso, é importante observar se os sintomas são persistentes e se manifestam em diferentes contextos, como em casa e na escola.
O tratamento da hiperatividade infantil envolve uma abordagem multidisciplinar. A psicoterapia é uma ferramenta valiosa, ajudando a criança a desenvolver habilidades de autocontrole e a lidar com a impulsividade. A terapia comportamental pode ser especialmente útil para ensinar a criança a reconhecer e controlar suas emoções, além de melhorar a interação social.
Na escola, adaptar o ambiente de aprendizagem pode fazer uma grande diferença. Métodos de ensino que envolvam a criança ativamente e tarefas curtas que exijam foco podem ajudar a manter a atenção. Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário para controlar a hiperatividade, mas essa decisão deve ser cuidadosamente avaliada por um neuropediatra.
O suporte familiar é igualmente essencial. Pais e cuidadores devem criar um ambiente estruturado e tranquilo, com rotinas claras que ajudem a criança a entender o que é esperado dela. Além disso, práticas como a meditação e exercícios de respiração podem ajudar a criança a relaxar e melhorar a qualidade do sono.
A compreensão e o manejo adequado da hiperatividade infantil são fundamentais para garantir que essas crianças possam desenvolver todo o seu potencial. Com o apoio certo, é possível promover uma vida mais equilibrada e saudável para a criança e sua família.
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